Composto a base de Luteína e Zeaxantina, o Nutri Vision tem como objetivo a saúde e prevenção de doenças oculares.
Como tomar?
Tomar todos os dias 2 cápsulas em qualquer horário.
Benefícios
* Previne problemas de visão como degeneração macular relacionada a idade, catarata
* Filtra os comprimentos de onda azuis, de alta energia, do espectro de luz
* Antioxidante
* Prevenção de câncer, aterosclerose
LUTEÍNA
Luteína e sua importância para saúde. No centro da retina, região de elevada acuidade visual, é possível a visualização de uma mancha amarela chamada mácula, pigmento da retina responsável pela visão nítida das imagens (Figura 2). Sua cor amarela explica-se pela presença de luteína e zeaxantina, os dois únicos carotenóides presentes no olho, em quantidade muito maior do que em qualquer outro tecido humano.
A luteína que é um membro da família dos carotenoides, pigmentos naturais lipossolúveis encontrados em algumas plantas, que capturam espécies reativas de oxigênio, os quais podem ser gerados por reações fotoquímicas na presença de oxigênio.
Cientistas acreditam que o pigmento da mácula protege a retina. A densidade do pigmento na mácula tem sido usada como parâmetro para uma vida saudável. De forma seletiva, a mácula concentra luteína e zeaxantina em uma fina camada de tecido retiniano que cobre essa área do olho. A degeneração macular relacionada à idade (DMRI)é uma doença ocular grave capaz de causar cegueira nas pessoas com mais de 65 anos. A DMRI atinge a capacidade visual, causando redução da clareza visual, podendo ainda resultar em rápida e dramática perda da visão.
A luteína também filtra os comprimentos de onda azuis, de alta energia, do espectro de luz visível. Julga-se que a luz azul, tanto da iluminação interior como a do sol, provoca stress oxidante e possivelmente lesões causadas pelos radicais livres nos órgãos humanos expostos à luz, como os olhos e a pele.
A luz azul na retina gera EROS, que encabeçam a peroxidação das membranas lipídicas. A presença de produtos de oxidação da luteína na mácula são indícios de sua capacidade em atuar como antioxidante, protegendo os olhos dos danos da luz azul, justamente pela organização do sistema retiniano onde a luz passa primeiro por altas concentrações de luteína e zeaxantina antes de atingir os cones e bastonetes.
É responsável pela preservação da mácula ocular, pela visão central, foco da leitura, pela condução da visão (estrutura anatômica encontrada no centro da retina e de cor amarelada devido a esse pigmento) e na prevenção de problemas na visão, como cataratas e degeneração macular.
A luteína e a zeaxantina são potentes antioxidantes nocivos presentes nas várias partes do corpo, que atuam como filtros solares internos, protegendo os olhos dos efeitos da luz ultravioleta e dos danos oxidativos, principais responsáveis pelo desenvolvimento da degeneração macular e outras doenças relacionadas à visão. Os radicais livres desempenham um papel em várias doenças crônicas.
A luteína e a zeaxantina são pigmentos amarelos que se localizam na região macular, por isso também chamados de pigmentos maculares. Não são sintetizadas por nosso organismo, portanto necessitam ser obtidas por meio da ingesta diária de suplementos.
A luteína é uma molécula lipossolúvel e após sua liberação no lúmen do trato gastrintestinal, é incorporada a lipoproteínas linfáticas formando micelas. A partir daí acredita-se que seja absorvida em sua maior parte na mucosa do intestino delgado e transportada até o fígado, onde lipoproteínas de baixa densidade e muito baixa (LDL e VLDL) facilitariam sua distribuição aos tecidos periféricos.
A quantidade de luteína presente nos diversos tecidos é bastante variável e acredita-se que existam substâncias que facilitem seu acúmulo em determinados locais.
Os pigmentos maculares localizam-se nos 7mm2 do centro da retina.
A relação entre a baixa concentração de luteína e zeaxantina na região ocular e o maior risco de DMRI é citada por diversos autores.
Zeaxantina
Em adultos, a zeaxantina é dominante no centro da fóvea, concentração que se reduz à medida que nos distanciamos do centro foveal. Inversamente ocorre um aumento na concentração de luteína com o aumento da distância em relação à fóvea. Portanto, encontramos uma relação L:Z de aproximadamente 1:2,4 centralmente e de 2:1 perifericamente: a zeaxantina concentra-se preferencialmente na fóvea e a luteína na perifóvea. Uma análise comparativa da relação L:Z versus a relação bastonetes:cones demonstrou proporcionalidade significativa para se postular que talvez Z estivesse relacionada aos cones e L aos bastonetes e que os fotorreceptores tivessem receptores específicos para os dois carotenóides.
O primeiro estudo de intervenção com luteína realizado em pacientes com catarata ou com DMRI, foi publicado em 2001 e incluiu 17 pacientes com catarata e 5 pacientes com DMRI, os quais durante um período de mais de dois anos tomaram luteína (15mg, três vezes/semana). O estudo sobre catarata incluiu três grupos: com luteína, com vitamina E (100mg, três vezes/semana) e com placebo. A quantidade de 15mg de luteína, três vezes por semana equivale a ca. 7mg/dia, que é semelhante à quantidade contida em 100g de espinafre. O objetivo oftalmológico era a função visual (mediante testes estáticos, como acuidade visual e testes dinâmicos, como a sensibilidade ao contraste e ao brilho). O número de pacientes foi pequeno, mas a duração da intervenção foi grande, uma vez que para os pacientes com catarata foi de 13 meses e para os pacientes com DMRI foi de 26 meses. Foram realizadas visitas de acompanhamento a cada três meses, nas quais eram medidas a concentração de luteína no sangue e a função visual.
Os pacientes que tomam luteína apresentaram melhora em diversos parâmetros da função visual (acuidade visual, teste de ofuscamento e sensibilidade ao contraste), mais do que os pacientes que receberam a vitamina E (100mg, três vezes/semana) ou placebo. Não foram observados efeitos colaterais nos parâmetros bioquímicos, hematológicos ou na coloração da pele (a carotenodermia é um efeito reversível e frequente no consumo elevado de carotenóides).
Com relação as concentrações de luteína no sangue, foram alcançados níveis acima de 95% da população de referência (> 0,44 µmol/l = 25 µg/dl) nos primeiros 3 a 6 meses; a concentração de luteína aumentou, 13-cis-luteína e ceto carotenóides (estes últimos tendo sido descritos como metabólitos oxidativos da luteína formados in vivo). Neste estudo, a melhoria da função visual pode ser relacionada com um efeito direto sobre a retina (mácula) independente da progressão da catarata. Nestes pacientes não determinou-se a densidade do pigmento macular, mas os níveis alcançados de luteína no soro, assim como o tempo necessário para atingir estes níveis foram similares aos descritos anteriormente por outros autores, em indivíduos de controle, em que se observou um aumento paralelo na densidade de PM na retina.
Com base nos estudos anteriores, no final de 2006 teve início o estudo AREDS-2 (Age-Related Eye Disease Study 2), um estudo multicêntrico e randomizado para avaliar o efeito de altas doses de luteína (10mg/d), zeaxantina (2mg/d), ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa ômega-3, ácido docosaexaenóico - DHA - (350mg/d), e ácido eicosapentaenóico - EPA - (650mg/d) em pacientes com DMRI e com catarata (ca. 4.000 indivíduos, entre 50 a 85 anos). Os participantes foram divididos em quatro grupos: a) luteína e zeaxantina; b) DHA e EPA; c) luteína, zeaxantina, DHA e EPA; e d) placebo. O objetivo principal foi avaliar o efeito destes compostos sobre a progressão da DMRI para formas avançadas.
Recentemente, foi publicado um estudo sobre o efeito da ingestão simultânea de luteína (12mg/dia), DHA (800mg/dia) e placebo, durante quatro meses, em mulheres entre os 60 e 80 anos, avaliando o efeito sobre a concentração de luteína e de DHA no soro e sobre a densidade do pigmento macular. Os resultados mostraram que a suplementação de luteína aumentou a densidade do pigmento macular de forma excêntrica, enquanto que a suplementação de DHA provocou aumento na zona central; além disso, a combinação de DHA e luteína provocou um efeito combinado. O DHA facilitou a acumulação de luteína no sangue.
A Zeaxantina é um composto carotenóide produzido naturalmente nas plantas e alguns animais que são fonte de alimento para nós humanos. O nosso corpo não
produz esta substância, no entanto precisa dela para algumas funções específicas como a manutenção da saúde dos olhos.
É encontrada em concentrações elevadas na mácula do olho humano, a parte do olho responsável pela visão central, necessária para a condução da visão e para o foco na leitura. Dentro da mácula central, a Zeaxantina predomina, enquanto na retina periférica, a Luteína predomina.
RETINITE PIGMENTOSA
A retinite pigmentosa é uma degeneração ocular rara, caracterizada pela atrofia dos foto receptores da retina responsáveis pela visão em condições de baixa luminosidade. Assim, os portadores de tal disfunção apresentam visão noturna prejudicada. Ao longo do tempo ocorre uma perda gradual da visão periférica. Nos estágios mais avançados, o indivíduo apresenta uma pequena área central de visão e pouca visão periférica remanescente (visão em túnel). Seu tratamento é limitado, no entanto, existem evidências de que a suplementação com luteína e a zeaxantina retarda o progresso degenerativo e melhora a acuidade visual.